segunda-feira, 11 de julho de 2011

Livros didáticos digitais podem aliviar o peso na mochila e no bolso.


Livros digitais são sinônimo de praticidade. Eles são ótimos companheiros de viagem, não fazem muito volume, e facilitam a vida quando queremos um livro importado, ainda não traduzido. Mas talvez mais importante que isso, eles podem ser bastante usados na educação – não apenas diminuindo o custo do material e peso na mochila, mas ajudando a diminuir os gastos com atualizações e as inúmeras polêmicas envolvendo erros grosseiros, tão comuns no Brasil. Um exemplo americano nos faz pensar: será que não é hora de acelerar a adoção dos e-books?

Só nos últimos meses aqui no Brasil, nós tivemos muitos exemplos de livros com erros absurdos de matemática e geografia ou inadequados para a faixa etária dos alunos e que precisaram ser recolhidos. É muito dinheiro, recursos e tempo sendo gastos. Por causa de, digamos, 4 páginas erradas, alunos ficam sem um livro-texto e milhares ou milhões de Reais são gastos para substituí-los.

E mesmo deixando de lado um pouco os erros, pense também no que mudou só nos últimos anos: Plutão deixou de ser um planeta, palavras como “ideia” não são mais acentuadas e o uso do trema nem é mais ensinado nas escolas. Mudanças assim não só mudam o que você, ou eu, aprendemos na escola, mas deixa milhões de livros defasados, que não servem sequer para serem repassados para outros alunos e precisam ser descartados.

Recentemente, a Coreia estabeleceu uma meta audaciosa: até 2015, todos os livros didáticos serão eletrônicos. Esta semana, uma editora americana lançou um livro didático totalmente digital, sem versões de papel, para forçar a tendência por lá também. Será que esse é um caminho que nós vamos demorar a seguir?

Claro, existe um porém: mesmo e-readers (leitores de livros Digitais) dedicados ainda são caros e crianças nem sempre são cuidadosas com seus pertences. Um investimento assim, seja vindo do governo, ou dos pais, iria compensar totalmente os benefícios? Em longo prazo, e com a diminuição eventual do preço desse produto, provavelmente compensaria. Mas isso não é algo que vai acontecer tão cedo e nesse meio tempo, as editoras brasileiras precisam começar a digitalizar seus livros. Ninguém compra um e-reader para ler um único livro. As coisas devem acontecer paralelamente, com algum incentivo do governo.

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